As forças armadas não são treinadas para interagir com a população civil.

Os soldados são treinados para usar a força para derrotar um inimigo em situações de combate, tornando-os incapazes de estar em contato próximo com civis. Se isto já é complexo para as forças policiais treinadas, pior ainda para os militares.

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Enfraquece os direitos, sobretudo dos mais pobres.

Os países latino-americanos que adotaram a militarização, de acordo com um estudo do CELS, registram uma série de graves violações de direitos humanos: violações que vão desde o direito à vida, à liberdade e à integridade física de milhares de pessoas até formas preocupantes de limitação dos direitos políticos e sociais fundamentais, como o direito ao protesto, à liberdade de expressão e à migração. A presença militar em bairros em conflito aumenta o número de vítimas letais de fogo cruzado, incluindo crianças.

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Trata-se de uma decisão dispendiosa e de curto prazo que desvia a atenção e os recursos dos problemas sociais..

A militarização não resolve os problemas de crime e da violência e, ao mesmo tempo, é um obstáculo para pensar em soluções reais. As medidas de endurecimento típicas da demagogia punitiva são justificadas por demandas supostamente populares por uma "mão dura", mas ao invés de traduzir essas demandas em políticas democráticas e inclusivas, elas alimentam a violência e o ódio.

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A história ensina que não funciona.

Brasil / 2018

[*] 10 meses de intervenção nas ruas do Rio de Janeiro.
[*] Se registrou um aumento de 59% nos tiroteios.
[*] Mais de 4 mil homícidios.
[*] Aumentou em 40% as mortes devido a intervenção policial.

Equador / 2019

[*] Estado de exceção entre os 2 e 13 de otubro de 2019.
[*] Toque de recolher entre os dias 8 e 13 de otubr.
[*] Detidos: 1192
[*] Mortos: 8
[*] Feridos: 1340

Honduras/ 2017

[*] Se entregam atribuições aos militares nos protestos da fraude eleitoral entre 29 de novembro e 31 de dezembro de 2017.
[*] Duração: 1 mês
[*] Detidos: 1085
[*] Execuções: 30
[*] Feridos: 232

México/ 2015 -2016

[*] Entre 2015 e 2016 a ciudadania denunciou o uso da força desmedida por parte das forças militares.
[*] 37 denúncia por privação de libertade.
[*] 12 casos de desaparecimento.
[*] 36 pessoas torturadas.
[*] 372 denúncias por maus tratos desumanos.

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Recursos:

Violência Policial - Violações de Direitos Humanos: O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) auxilia os cidadãos nesses casos. Para fazer uma reclamação, escreva-lhes para [email protected] e inclua: Detalhes da situação, data, hora, local onde os eventos ocorreram e outras informações que apoiam o seu caso

Assistência jurídica em caso de detenção (Santiago): La FeCh, ABOFEM, o Centro de Estudantes de Direito da Universidade do Chile e a Fundação Casa Común oferecem assistência jurídica gratuita a quem sofreu detenções. Para os contactar, existe um formulário web, ou pode também contactá-los em [email protected] e WhatsApp +569 3620 3403.

A ONG Derechos Digitales compila ferramentas tecnológicas para comunicar com segurança, verificar informações e documentar a situação. Nós convidamos você a revisá-los e ensiná-los a pessoas que não têm muito conhecimento tecnológico.

Vai buscar medicamentos: Aqueles que têm de obter medicamentos com urgência e não conseguem encontrar farmácias abertas podem escrever para o Colégio Farmacêutico do Chile ([email protected]) ou consultar a sua conta no Twitter para obter informações sobre onde encontrá-los.